Todos nós já sentimos desconforto em um consultório ou hospital, às vezes pelas cores frias, pela falta de lugares confortáveis, ou até mesmo um incômodo geral sem entender de onde vêm. Dito isso, o design centrado no paciente é o caminho ideal para encontrar boas soluções e otimizar a usabilidade do espaço.
Afinal, sabemos a grande responsabilidade que é criar um projeto arquitetônico para um ambiente de promoção de saúde, e sabemos que as características do espaço podem deixar impressões positivas ou negativas nos pacientes e familiares, além de influenciar diretamente na vida dos funcionários que trabalham ali.
Portanto, vamos explorar como esse ramo do design é fundamental para projetos que visam o bem-estar do paciente.
O que é design centrado no paciente?
Essa metodologia procura compreender as necessidades e desejos das pessoas atendidas, a fim de desenvolver soluções que possam satisfazê-las plenamente.
O design centrado no paciente busca criar ambientes hospitalares mais humanizados, que possam contribuir para a recuperação física dos pacientes, e também para o seu bem-estar emocional e psicológico durante o tratamento. Além disso, o design centrado no paciente deve contribuir para a eficiência do atendimento e a redução do estresse dos pacientes e suas famílias.
Como se faz um design centrado no paciente?
Para iniciar o projeto observamos o paciente no contexto do atendimento, a fim de entender suas ações e comportamentos.
Portanto, é importante exercitar a empatia e nos colocar no lugar daqueles que ajudamos. Um espaço pensado para atender pacientes com deficiência visual, por exemplo, é diferente daquele pensado para pacientes pediátricos ou geriátricos. Lembre-se que o ser humano é a expert em sua própria experiência de vida, e recorrer aos pacientes que utilizarão o espaço é chave.
Em síntese, as etapas essenciais para a criação de um projeto que utiliza o Design Centrado no Paciente são:
- Pesquisa: o primeiro passo para desenvolver um projeto é conhecer as necessidades e desejos dos usuários (pacientes, acompanhantes, equipe , fornecedores, todos os que usam o espaço). Faça isso por meio de entrevistas, questionários e observação direta.
- Elaboração de projeto: com base nas informações coletadas cria-se o projeto. Os elementos para se ter em mente, pensando no paciente, são: conforto (de diversos tipos, como acústico, térmico e outros, fundamentais para criar um espaço acolhedor e de cura); a acessibilidade física (como rampas de acesso e banheiros adaptados); sinalização eficiente e caminhos que fazem sentido dentro das instalações; a arte (para reduzir estresse e ansiedade, prover positividade e distrair as pessoas de suas dores e problemas); o design (pode ajudar a criar uma sensação de espaço e atmosfera confortantes); elementos de natureza (como luz natural, plantas ou fontes de água, que nos conectam com a natureza).
- Prototipagem: Os protótipos podem ser de diferentes tipos, como desenhos, modelos em escala real, maquetes ou até mesmo simulações em realidade virtual.
- Testes com usuários: os protótipos devem ser apresentados aos pacientes e profissionais de saúde envolvidos no projeto para serem testados e avaliados. Os ajustes e melhorias no projeto serão feitos a partir desses feedbacks.
- Implementação: após finalizado o processo de testes e ajustes, o projeto pode ser implementado.
Quais elementos mais influenciam a experiência do paciente?
Como já desenvolvemos anteriormente no Blog, até mesmo as cores escolhidas para um espaço influenciam a experiência do usuário.
Segundo a pesquisa do Instituto Beryl, comunidade global de profissionais da saúde que visam melhorar a experiência humana na área da saúde, a experiência do paciente se relaciona com três variáveis: design (ou seja, o ambiente físico), organização (processos e burocracias) e resultado (o tratamento em si).
Em conclusão, veremos os aspectos mais relevantes para a experiência do paciente dentro do Design:
- Quartos privados com zonas de apoio social e assentos confortáveis
- Módulos de cuidado que incentivam a interação entre enfermeiras, médicos e pacientes
- Distrações positivas nas instalações, como música em áreas de espera e dos procedimentos, obras de arte, acesso à luz do dia, vistas bonitas e natureza
- Procedimentos ambulatórios localizados perto do local de internação
- Vias de circulação que permitam a chegada de pessoal em uma entrada alternativa a principal
- Instalações para familiares dormirem, comerem e armazenam seus pertences para encorajar maior participação
- Locais de promoção de bem-estar e atividades de caráter social, tais como locais para caminhada e instalações para exercício físico
- Ambiente benéfico (boa qualidade do ar, redução dos níveis de ruído e controle da iluminação)
- Espaço para cerimônias culturais específicas
- Espaços projetados para equilibrar a necessidade de privacidade e a necessidade de contacto entre o paciente e a equipe
Nós da ACR Arquitetos Associados, desenvolvemos projetos que entregam excelência para os nossos clientes por meio da arquitetura empática.
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